01. malmortius : o universo.

a história

01.

a base.

Os sábios somente têm incertezas e especulações a respeito do começo de todas os ciclos. O ano é 067 4E — quarta era. Situações atípicas, entretanto importantes, levam à reformulação do tempo. Minha intenção com estes textos é deixar você, leitor, a par dos mínimos detalhes a respeito deste grandioso mundo.

Malmortius é apenas um continente, talvez um entre muitos desconhecidos. Uma colossal e longínqua massa maciça de terra comprimida na mesma região, envolto de bilhões ou trilhões de quilômetros de águas oceânicas para todos os cantos das costas e praias. Cenários de vários biomas. Ao norte é possível ver uma área tomada de neve com formação de geleiras e montanhas congeladas. Certamente inóspito. O clima varia de local para local. Determinadas regiões têm mais incidência de chuvas, outras de frentes quentes.

Em sumo, o continente malmortiano está em alguma linha imaginária no hemisfério norte. Contudo, não há um nome específico e apurado, definitivo para nomear o planeta. Cada cultura, povo, intelectual o chama por um nome diferente, ressaltando a diferença de cada localidade e desunião permeada às comunidades imperiais, reinados, e etc.

Alguns dos seus nomes são:

• Uma parcela do norte chama de Stellarium.
  
  
• Um grupo de pessoas das proximidades do centro do continente chama de Erac.
  
  
• Os residentes da falecida Anglesey — pois hoje são apenas ruínas — nomearam de Sépio.
  
  
• E outras milhares de variações.
  

as eras.

Como afirmado em parágrafos anteriores, estamos vivendo na quarta. Pretendo fazer abaixo uma linha do tempo de marcos históricos e importantes para cada era.

1E, os tempos de criação. De 000 1E até 254 1E.

• Ano 000 : A chegada dos Deuses Antigos neste continente. Até hoje não se sabe a origem deles, apenas que um deles trouxe a vida para este local.
  
  
• Ano 003 : O continente até então sem nome foi povoado nos mais diversos cantos, cada um dotado de alguma singularidade e individualidade, características físicas que foram se diversificando ao longo dos tempos.
  
  
• Ano 008 : O microcontinente de Hann representa os asiáticos em sua totalidade em suas várias etnias. Da mesma maneira, Amaranta é equivalente à Oceania, Caelum à África, Ellevoara à Europa e, por fim, Nosramus com a América.
  
  
• Ano 072 : Nascimento da primeira civilização como sociedade em conjunto ao sudoeste de Hann, e nome deste pequeno grupo de homens e mulheres veio a representar este o "microcontinente".
  
  
• Ano de 091 : Surgimento da primeira cidade em Amaranta.
  
  
• Ano 101 : Diversas comunidades pequenas em Nosramus se unificaram e viviam sob as ordens de um dos deuses antigos.
  
  
• Ano 183 : Em Caelum, mataram uma das entidades primordiais a sangue frio. Muitos morreram no processo e se alimentaram de sua carne. Seus restos mortais se fundiram à natureza, tornando-se uma depressão no solo, semelhante à coluna espinhal e costelas de um gigante.
  
  
• Ano 249 : Elleavora foi palco de um massacre generalizado por um surto de fúria de um deus antigo. Sua imagem de salvador foi manchada no decorrer da história e do esquecimento, se referindo a ele como uma figura diabólica.
  
  
• Ano 254 : Fim da primeira era, marcada pelo desaparecimento dos Deuses Antigos.
  

2E, a expansão & iluminação. De 000 2E até 892 2E.

• Ano 000 : Dado o fato do apagamento dos rastros dos deuses antigos, muitos tentaram até procurá-los em todas as terras do continente. Iniciou-se nessa época, não se sabe com exatidão no quesito datas, porém muitos começaram jornadas de peregrinação.
  
  
• Ano 010 : Marcado pelo nascimento de novas divindades. Há quem diga que eles nasceram da terra em alguma outra parte do planeta. O deus sorridente e radiante Ilon preenche o céu diurno, iluminando o dia com seus raios solares. Já a noite, temos as quatros versões de Dion, as quatros luas que orbitam e trocam seu ciclo a cada 10 dias.
  
  
• Ano 076 : Criado o modelo de calendário em Nosramus que se popularizou na posterioridade, adotado pelo conhecimento público. Basicamente, Ilon habita em cima de Malmortius pelo período de 10h, nascendo no norte e descansando no sul. Nas 10h seguintes, alguma das luas — um dos quatros aspectos e rostos de Dion — paira no céu noturno. São quatros semanas com 10 dias cada, uma para cada satélite facial do deus lunar. O ano é composto por 8 ciclos mensais.
  
  
• Ano 099 : Deuses voltavam a pisar no solo fértil de Malmortius. Os Novos Deuses. Como nasceram, ou de onde vieram é uma incógnita até para os próprios, alegando que sequer têm memórias de suas vidas — caso tivessem alguma — antes da ascensão celestial. É uma casta inferior aos antigos e anciões, entretanto, poderosos e influentes como.
  
  
• Ano 133 : Junto deste grupo, usaram de suas capacidades para gerar vidas. O continente de Malmortius deixou de ser só habitado por seres humanos como criaturas racionais, dezenas de novos seres raciais passaram a habitar as mesmas superfícies e os mesmos territórios. Os outros homens
  
  
• Ano 134 : À medida que a quantidade dos mais novos panteões de divindades crescia extraordinariamente, os domínios e ações dos próprios acompanhavam ativamente. Muitos eram amados e adorados pela humanidade, já outros o completo oposto. O ano de 134 2E marcou o nascimento dos Volkov, resultado de experimentos genéticos e celulares com os humanos pelo deus Volkihar. Os primeiros vastidão do grupo dos outros homens. Os Volkov habitam o extremo norte, afugentados dos raios solares, pois são especialmente vulneráveis a eles. Depois disso, muitos imitiram os movimentos de Volkihar, gerando novos homens e recriando a própria versão da humanidade de acordo com suas perspectivas e particularidades.
  
  
• Ano 151 : Por uma década, a Deusa Sem Nome buscou por um lar entre os homens. Ela se arrastava com o apoio de milhares de braços. Sua aparência grotesca, associada com uma centopeia humana, repudiava quem tivesse o desprazer em fitar. Angustiada consigo própria, cravou as presas protuberantes em suas unhas e arrancou à força. Sementes plantadas no chão, o sangue escurecido dela serviu de néctar e alimento. Destrinchando o subsolo para o exterior, os primeiros monstros vagaram com sede de vingança e carnificina pelo mal causado à progenitora. Ela se chamou de Mãe De Todos Os Monstros.
  
  
• Ano 300 : Dada a benção e graça dos novos deuses, com quem se filiaram intimamente, as comunidades cresceram e se desenvolveram em proporções antes inimagináveis a partir dos anos seguintes. Países com os próprios regimes políticos, culturas, religiões. Criavam-se sociedades minimamente funcionais.
  
  
• Ano 301 : A segunda era é apelidada como expansão & iluminação, visto que muitos dos povos abandonaram essencialmente a selvageria rudimentar. As construções costumavam ser rústicas e simplistas, no decorrer dos anos e com as infinidades de matérias achadas na natureza, implementaram arquiteturas próprias, estudos de filosofia, observações, militarismo, etc.
  
  
• Ano 500 : No entanto, acompanhado lado a lado com o progresso da racionalidade das pessoas, a maldade se infiltrava nos pensamentos de líderes políticos ou religiosos. No ano 300 2E, Kierke obliterou Anglesey — nações vizinhas e pertencentes de Elleavora — de dentro para fora em um episódio conhecido como três dias & quatros noites.
  
  
• Ano 521 : Sem que soubessem, Kierke morava em cima de uma falha das placas tectônicas do planeta. Assim como o fim que provocaram a Anglesey, o império kierkiano sucumbiu e pereceu sob as forças extremas de um desastre natural. O terremoto que alvejou a região era de magnitude imensurável. O solo os devorou. O buraco deixado na região é tão fundo que nem mesmo a luz chega até ele. O chamam de Cu do Mundo.
  

3E, o período descontinuado. De 000 3E até 343 3E.

• Ano 000 : Conturbações descrevem os anos da Terceira Era do princípio até o fim. Não houve a “calmaria antes da tempestade”, pois os ventos de tempestade chamaram a destruição de tornados. Cruzando os céus como um asteroide cintilante, Eldanael aterrissou no continente.
  
  
• Ano 001 : Instalou seu reinado. Trouxe a guerra para os locais pacíficos e os tomou à força. Seus feitos se espalharam por Malmortius e exigiu pronunciamento e atitudes de todos os povos. Assim como na Primeira Era, homens enfrentaram divindades.
  
  
• Ano 002 : Batalhas derradeiras, os humanos e não-humanos tinham uma clara desvantagem. Mesmo com a intervenção de seus patronos, um bom número de novos deuses morreram neste tempo. Mas, enfim após dois anos de combates intensos, Eldanael teve sua cabeça arrancada e partes de seu corpo enterrados em cada canto do continente.
  
  
• Ano 005 : Preocupados com ameaças externas, incontáveis de países de Malmortius se reuniram para a formação do Governo Mundial, uma associação para amparar os lugares que perderam consideravelmente neste ato cruel da entidade e oferecer potenciais alianças e parcerias. Porém, muitos discordaram e se mantiveram distante da aliança.
  
  
• Ano 006 : No ano seguinte, a construção da torre nomeada de Colosso se iniciou enfim. Foi um decreto do Governo Mundial para que enxergassem o horizonte mais longe e tocassem o céu, assim como as estrelas.
  
  
• Ano 116 : Mais de um século para a conclusão e inauguração do Colosso. A torre é o pico de conhecimento de humanidade. Feita de camadas e andares grandes, ele é visto de todos os lados do continente. São quilômetros de altura, seu topo passa a altura das nuvens e dá uma visão privilegiada de Dion e Ilon.
  
  
• Ano 200 :  Ataques de ladrões e mercenários culminaram em mudanças para o Colosso. Adaptaram as alas do prédio, o transformando numa prisão para os criminosos de alto risco e caçado pelo Governo Mundial.
  
  
• Ano 343 : O Colapso do Eclipse arrebatou a humanidade. Homens e mulheres foram afetados pela maldição intitulada popularmente de Bruma da Alma lançada pela ressurreição, ou ressurgimento dos Deuses Antigos para tomar o que era deles por direito. O continente de Malmortius. A Bruma da Alma é uma doença psicossomática, iniciado no psicológico e afetando o campo físico do indivíduo com o passar das horas ou dias. Ela traz a tona os pensamentos mais obscuros, ocultos no subconsciente, dominando os resquícios de sanidade. Abandonada a humanidade, eles tornam-se monstros, replicando as características dos pensamentos que corromperam sua mente e individualidade.  
  

4E, a era da corrupção. De 000 4E até 067 4E.

• Ano 000 : Após os eventos do eclipse, Malmortius foi lançado numa Idade de Trevas. As monstruosidades geradas neste efeito e consequências trouxeram o caos e tormenta aos quatros ventos. Muitas nações se perderam no meio do caminho, dizimadas. A população continental foi reduzida exponencialmente nestes primeiros anos, seja pelas mãos de terceiros, ou pelas próprias. O desespero adoeceu os indivíduos vivos, tementes pelo dia de amanhã.
  
  
• Ano 001 : A manifestação dos Deuses Antigos em sua ira afetou o ecossistema em seu panorama integral. Fome e peste foram problemáticas que ganharam muito espaço nesta época, e ainda indícios vivem até a atualidade.
  
  
• Ano 002 : Nos primeiros dois anos, Ilon brilhou com mais intensidade. Seus fortes raios de calor secaram fontes de água e fez do continente um Inferno na Terra. Isso se deu devido à fusão momentânea com Dion durante os dias de eclipse, consumindo e absorvendo a luz que a Lua emanava para si e descarregando no planeta. Todavia, ao mesmo tempo, essa ação inconsequente da divindade do Sol consumiu excessivamente a bateria do mesmo. Portanto, ele mal se aguenta ficar 5 horas no céu. E nas 5 horas seguintes até o crepúsculo e anoitecer, o horizonte é tão escuro como o breu da escuridão.
  
  
• Ano 017 : Graças a motivos maiores a nível continental, o Colosso caiu no esquecimento. A longe, escutavam-se grunhidos guturais da estrutura citada. O prédio foi o palco dos deuses antigos no instante em que lançaram a doença para o mundo. Assistiram do cume, uma visão privilegiada, a humanidade se perder no terror. O Colosso em si foi um dos mais afetados, tendo milhares de homens aprisionados e perecidos nos efeitos da maldição após os pecados de sua vida. Hoje em dia, o Colosso é morada de monstros, trancafiados nas instalações.